terça-feira, 16 de março de 2010

Espécies existentes no "Tejo"



Nome vulgar: ACHIGÃ
Nome científico: Micropterus salmoides
Família: Centrarchidae
Ordem: Perciformes


  • O Achigã é um dos grandes e combativos predadores de água doce, muito apreciado na alimentação humana; é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX;

  • É hoje uma das principais espécies existentes em quase todo o mundo e que desperta a paixão de milhões de pescadores em todo o mundo; por ter sido introduzido como peixe de pesca desportiva um pouco por todo o mundo, designa-se por espécie cosmopolita;

  • Em Portugal, é reconhecida a sua existência desde o início do século XX. Foi introduzido pela primeira vez em Portugal em 1898, na Lagoa das Sete Cidades, na Ilha de S. Miguel, e só em 1952 foi introduzido no continente, onde teve uma excelente adaptação e se espalhou rapidamente por todas as bacias hidrográficas do país, particularmente a sul do Rio Tejo, sendo hoje já considerado um dos predadores que mais tem contribuído para uma clara diminuição de outras pequenas espécies, nomeadamente nas albufeiras.
    Apesar de se adaptar a uma grande diversidade de habitats, prefere águas límpidas e de corrente fraca (lênticas), com vegetação e margens suaves.





  • Nome vulgar: BARBO COMUM
    Nome científico: Barbus bocagei
    Família: Cyprinidae
    Ordem: Cypriniformes


  • O Barbo é uma espécie endémica da Península Ibérica, sendo um dos principais peixes em Portugal e um dos mais excitantes para a pesca desportiva;

  • Habita a quase totalidade das bacias hidrográficas de Portugal Continental, com excepção das dos Rios Guadiana, Mira, Ribeiras do Algarve e Minho, sendo que as maiores populações se encontram nas bacias hidrográficas do Tejo e Guadiana;

  • É um peixe muito combativo na sua defesa e com grande aptidão para percorrer as maiores profundidades dos rios e lagos;

  • Esta espécie tem uma medida que varia entre os 20 e os 80 cms., podendo ir até aos 10 kg de peso;

  • Alimenta-se sobretudo de restos de plantas, moluscos, crustáceos, insectos e detritos que se vão depositando nos fundos, podendo também entrar na sua alimentação pequenos peixes;É uma espécie que se adapta bem em diversos sistemas dulçaquícolas, ocupando um largo conjunto de habitats, preferindo sobretudo locais com corrente fraca ou moderada e evitando águas com baixas temperaturas; estas características correspondem, frequentemente, aos sectores médios e inferiores dos cursos de água. Também está presente, e bem adaptado, numa grande percentagem das albufeiras existentes na sua área potencial de distribuição. Nos rios, é habitual os barbos refugiarem-se junto às margens; é também usual o recurso a zonas que possuam detritos lenhosos e/ou substrato rochoso para abrigo.

    Nome vulgar: BOGA PORTUGUESA
    Nome científico: Chondrostoma lusitanicum
    Família: CyprinidaeOrdem: Cypriniformes

  • A Boga é uma espécie quase restrita ao centro-oeste da Península Ibérica, sendo em Portugal muito vulgar nas bacias hidrográficas do norte, e no centro e sul até à bacia do Sado;

  • É uma espécie muito apreciada na pesca desportiva de competição;
    Na Albufeira do Caia, junto à localidade de Arronches, encontra-se um dos maiores e mais importantes viveiros naturais desta espécie que infelizmente e por incúria das autoridades da administração central e local nada se tem feito para a sua protecção;

  • Preferem ribeiras ou outros cursos de água de pequena e média dimensão, de corrente fraca ou moderada e pode apresentar medidas até um máximo de cerca de 30 centímetros e um peso que normalmente não ultrapassa as 400/500 gramas;

  • É uma espécie com uma longevidade à volta dos 10 anos e torna-se adulta aos 2/3 anos de idade;

  • A Boga efectua migrações logo no início da Primavera para executar a desova a montante dos cursos de água corrente com pouca profundidade e de fundos de areia e cascalho, onde cada fêmea deposita entre 1.000 e 7.000 ovos.
  • Nome vulgar: Carpa NOME científico: Cyprinus carpio FAMILIA: Cyprinideos
    ORDEM: Cypriniformes

  • Corpo oblongo, com a altura máxima que passa pela origem da comprida barbatana dorsal;
    o A cor vai desde o dorso pálido dos flancos ao verde azulado do lombo, com a barbatana caudal encarnada e verde e o ventre rosa amarelo;


  • Pode viver até aos 50 anos de idade;

  • Ocorre em todo o território nacional, predominantemente em águas estagnadas ou em sítios de correntes brandas ou quase nulas;

  • Embora vegetariana, não dispensa minhocas, alevins, insectos, larvas, matéria orgânica e posturas;

  • A reprodução ocorre na época de Maio a Junho quando a temperatura da água ronda os +18 a 20ºC;

  • Desovam em águas pouco profundas e tranquilas;

  • Cada fêmea põe aproximadamente 100 mil ovos por quilograma do seu peso. Os ovos medem 1,5mm de diâmetro, são transparentes e envolvidos por um líquido viscoso que os faz aderir às plantas submersas. A incubação dura 4 a 6 dias;

  • A carpa hiberna no Inverno, quando a temperatura da água se aproxima do ponto de congelação, procurando os pontos mais fundos onde cava buracos em forma de bacias para passar o Inverno.



    Nome vulgar: Bordalo
    Nome científico: Squalius alburnoides
    Família: Cyprinidae
    Ordem: Cypriniformes


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  • Espécie de pequenas dimensões com corpo comprimido e estreito;

  • Tamanho máximo (cm) - 13,5 Época de reprodução - Março-Julho.O bordalo vive em rios com corrente e maior granulometria do substrato;

  • Habita em zonas de correnteza, estando associado a rios com solos ácidos e a zonas não poluídas

  • Esta espécie alimenta-se principalmente de insectos aquáticos;

  • Período de pesca - Todo o ano;

  • Localizações em Portugal - Rios Ardila, Bazágueda, Caia, Chança, Côa, Degebe, Douro, Guadiana, Lis, Maçãs, Mondego, Sado, Sever, Sôr, Sorraia, Tejo, Tuela, Xévora e Zêzere. Também na barragem dos Alcaides, Carrapatelo, Crestuma Lever, Corte do Pinto, Sabugal e Vidigão. Ribeiras do Sado ao Algarve e afluentes do Guadiana.

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