No rio Tejo podem pescar-se o barbo, a boga, a carpa, o achigã, o bordalo e a perca. No que toca à avifauna, aqui vivem espécies como a garça-real, a cegonha-preta, o milhafre-real, a águia pesqueira, o abutre-negro, o bufo-real, o corvo-marinho e o grifo. Este é também o território natural do javali, do veado, do coelho, da raposa, do ginete, da lebre, do saca-rabos e do gato-bravo.A paisagem reveste-se de sobreiros, azinheiras, oliveiras, pinheiros bravos e eucaliptos, enquanto que junto ao solo florescem estevas, giestas, rosmaninho, zimbro, medronheiros, urze e alecrim. Nas margens do Tejo abundam o junco, o salgueiro, o choupo e o freixo.
terça-feira, 16 de março de 2010
Espécies existentes no "Tejo"

Nome vulgar: ACHIGÃ
Nome científico: Micropterus salmoides
Família: Centrarchidae
Ordem: Perciformes
O Achigã é um dos grandes e combativos predadores de água doce, muito apreciado na alimentação humana; é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX;
É hoje uma das principais espécies existentes em quase todo o mundo e que desperta a paixão de milhões de pescadores em todo o mundo; por ter sido introduzido como peixe de pesca desportiva um pouco por todo o mundo, designa-se por espécie cosmopolita;
Em Portugal, é reconhecida a sua existência desde o início do século XX. Foi introduzido pela primeira vez em Portugal em 1898, na Lagoa das Sete Cidades, na Ilha de S. Miguel, e só em 1952 foi introduzido no continente, onde teve uma excelente adaptação e se espalhou rapidamente por todas as bacias hidrográficas do país, particularmente a sul do Rio Tejo, sendo hoje já considerado um dos predadores que mais tem contribuído para uma clara diminuição de outras pequenas espécies, nomeadamente nas albufeiras.
Apesar de se adaptar a uma grande diversidade de habitats, prefere águas límpidas e de corrente fraca (lênticas), com vegetação e margens suaves.
Nome vulgar: BARBO COMUM
Nome científico: Barbus bocagei
Família: Cyprinidae
Ordem: Cypriniformes
O Barbo é uma espécie endémica da Península Ibérica, sendo um dos principais peixes em Portugal e um dos mais excitantes para a pesca desportiva;
Habita a quase totalidade das bacias hidrográficas de Portugal Continental, com excepção das dos Rios Guadiana, Mira, Ribeiras do Algarve e Minho, sendo que as maiores populações se encontram nas bacias hidrográficas do Tejo e Guadiana;
É um peixe muito combativo na sua defesa e com grande aptidão para percorrer as maiores profundidades dos rios e lagos;
Esta espécie tem uma medida que varia entre os 20 e os 80 cms., podendo ir até aos 10 kg de peso;
Alimenta-se sobretudo de restos de plantas, moluscos, crustáceos, insectos e detritos que se vão depositando nos fundos, podendo também entrar na sua alimentação pequenos peixes;É uma espécie que se adapta bem em diversos sistemas dulçaquícolas, ocupando um largo conjunto de habitats, preferindo sobretudo locais com corrente fraca ou moderada e evitando águas com baixas temperaturas; estas características correspondem, frequentemente, aos sectores médios e inferiores dos cursos de água. Também está presente, e bem adaptado, numa grande percentagem das albufeiras existentes na sua área potencial de distribuição. Nos rios, é habitual os barbos refugiarem-se junto às margens; é também usual o recurso a zonas que possuam detritos lenhosos e/ou substrato rochoso para abrigo.
Nome vulgar: BOGA PORTUGUESA
Nome científico: Chondrostoma lusitanicum
Família: CyprinidaeOrdem: Cypriniformes
A Boga é uma espécie quase restrita ao centro-oeste da Península Ibérica, sendo em Portugal muito vulgar nas bacias hidrográficas do norte, e no centro e sul até à bacia do Sado;
É uma espécie muito apreciada na pesca desportiva de competição;
Na Albufeira do Caia, junto à localidade de Arronches, encontra-se um dos maiores e mais importantes viveiros naturais desta espécie que infelizmente e por incúria das autoridades da administração central e local nada se tem feito para a sua protecção;
Preferem ribeiras ou outros cursos de água de pequena e média dimensão, de corrente fraca ou moderada e pode apresentar medidas até um máximo de cerca de 30 centímetros e um peso que normalmente não ultrapassa as 400/500 gramas;
É uma espécie com uma longevidade à volta dos 10 anos e torna-se adulta aos 2/3 anos de idade;
A Boga efectua migrações logo no início da Primavera para executar a desova a montante dos cursos de água corrente com pouca profundidade e de fundos de areia e cascalho, onde cada fêmea deposita entre 1.000 e 7.000 ovos.
Nome vulgar: Carpa
NOME científico: Cyprinus carpio
FAMILIA: Cyprinideos
ORDEM: Cypriniformes
Corpo oblongo, com a altura máxima que passa pela origem da comprida barbatana dorsal;
o A cor vai desde o dorso pálido dos flancos ao verde azulado do lombo, com a barbatana caudal encarnada e verde e o ventre rosa amarelo;
Pode viver até aos 50 anos de idade;
Ocorre em todo o território nacional, predominantemente em águas estagnadas ou em sítios de correntes brandas ou quase nulas;
Embora vegetariana, não dispensa minhocas, alevins, insectos, larvas, matéria orgânica e posturas;
A reprodução ocorre na época de Maio a Junho quando a temperatura da água ronda os +18 a 20ºC;
Desovam em águas pouco profundas e tranquilas;
Cada fêmea põe aproximadamente 100 mil ovos por quilograma do seu peso. Os ovos medem 1,5mm de diâmetro, são transparentes e envolvidos por um líquido viscoso que os faz aderir às plantas submersas. A incubação dura 4 a 6 dias;
Espécie de pequenas dimensões com corpo comprimido e estreito;
Tamanho máximo (cm) - 13,5 Época de reprodução - Março-Julho.O bordalo vive em rios com corrente e maior granulometria do substrato;
Habita em zonas de correnteza, estando associado a rios com solos ácidos e a zonas não poluídas
Esta espécie alimenta-se principalmente de insectos aquáticos;
Período de pesca - Todo o ano;
Localizações em Portugal - Rios Ardila, Bazágueda, Caia, Chança, Côa, Degebe, Douro, Guadiana, Lis, Maçãs, Mondego, Sado, Sever, Sôr, Sorraia, Tejo, Tuela, Xévora e Zêzere. Também na barragem dos Alcaides, Carrapatelo, Crestuma Lever, Corte do Pinto, Sabugal e Vidigão. Ribeiras do Sado ao Algarve e afluentes do Guadiana.
Publicada por João & Patrícia à(s) 06:34 0 comentários

Azinheira
Descrição: A azinheira (Quercus ilex) insere-se na família Fagaceae.
Árvore de porte médio, com uma copa ampla e uma altura média de 15 - 20 m. Pode atingir, em casos extremos, os 25 m de altura. As folhas são persistentes, de cor verde-escura, brilhantes nas faces superiores e com indumento (pêlos) esbranquiçado nas inferiores. Têm uma forma ovada e lanceolada, com margem inteira ou ligeiramente serrada. O fruto da azinheira é uma bolota oval, geralmente pedunculada. O aspecto geral pode ser muito similar ao sobreiro, contudo, não apresenta cortiça.
Meio: Espécie muito intolerante ao ensobramento, suporta bem os solos pobres e calcários e pode subir bastante em altitude; tolera verões secos e pode-se encontrar em regiões com pouca pulviosidade.
Propagação: Propaga-se por semente. As sementes perdem rapidamente a capacidade de germinar.
Distribuição: Existe em todo o nosso país, espontaneamente, semeada ou plantada, adquirindo uma maior importância no interior alentejano.
Utilidade: A sua principal utilização é a produção de fruto que serve de alimento para a produção de porcos. É também uma fonte de carvão, madeira e lenha, sendo a sua madeira óptima para combustível de lareira.
Sobreiro
Nome científico: Quercus suber
Descrição: O sobreiro atinge uma altura de 10 a 20 metros. A sua copa é ampla e pouco densa. O tronco ramifica-se com a cortiça. A sua folha é persistente e podem atingir de 2 a 10 cm de comprimento. O seu fruto é a bolota.
Meio: O sobreiro é uma árvore pouco exigente mas que prefere terrenos com silício e encostas pouco elevadas, em que a temperatura média varie entre os 14 e os 15 º C. É exigente em humidade e não suporta geadas.
Propagação: propaga-se por estacaria.
Distribuição em Portugal: Encontra-se em quase todas as regiões do país, mas as maiores manchas desta espécie situam-se a sul do rio Tejo, principalmente no Alentejo.
Utilidade: Do sobreiro extrai-se a cortiça que é utilizada como isolador térmico e acústico, entre muitas outras aplicações.

Pinheiro-Bravo
Descrição: O pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região da Europa e Mediterrâneo. É uma árvore média, alcançando entre 20 a 35 metros;
Meio: Solos arenosos a norte do Tejo, onde encontra as condições fitoclimáticas ideais: humidade atmosférica e influência atlântica;
Propagação: Pinhão rodopiante que se desloca a favor do vento;
Distribuição: Abundante, localizado nos extremos do Norte e Centro (distritos de Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Santarém), que com uma superfície de 812 000 hectares plantados, representam 62,5% da área total do pinheiro em Portugal; penetra até Trás-os-Montes e Beiras, e na faixa litoral desde o Minho até à Península de Setúbal;
Utilidade: A nível ecológico o pinheiro funciona como uma barreira de protecção contra o vento e, devido ao seu enraizamento radical aprumado e profundo, como fixador de dunas, além de permitir a recuperação de solos pobres.
Em termos económicos é utilizado para produção de madeira. A madeira, resinosa, clara, avermelhada ou castanho-avermelhado, com abundantes nós, é durável, pesada e pouco flexível, sendo então utilizada em mobiliário, postes, cofragem, caixotaria, aglomerados, carpintaria, construção naval, combustível e celulose.
Descrição: A azinheira (Quercus ilex) insere-se na família Fagaceae.
Árvore de porte médio, com uma copa ampla e uma altura média de 15 - 20 m. Pode atingir, em casos extremos, os 25 m de altura. As folhas são persistentes, de cor verde-escura, brilhantes nas faces superiores e com indumento (pêlos) esbranquiçado nas inferiores. Têm uma forma ovada e lanceolada, com margem inteira ou ligeiramente serrada. O fruto da azinheira é uma bolota oval, geralmente pedunculada. O aspecto geral pode ser muito similar ao sobreiro, contudo, não apresenta cortiça.
Meio: Espécie muito intolerante ao ensobramento, suporta bem os solos pobres e calcários e pode subir bastante em altitude; tolera verões secos e pode-se encontrar em regiões com pouca pulviosidade.
Propagação: Propaga-se por semente. As sementes perdem rapidamente a capacidade de germinar.
Distribuição: Existe em todo o nosso país, espontaneamente, semeada ou plantada, adquirindo uma maior importância no interior alentejano.
Utilidade: A sua principal utilização é a produção de fruto que serve de alimento para a produção de porcos. É também uma fonte de carvão, madeira e lenha, sendo a sua madeira óptima para combustível de lareira.
Sobreiro
Nome científico: Quercus suber

Descrição: O sobreiro atinge uma altura de 10 a 20 metros. A sua copa é ampla e pouco densa. O tronco ramifica-se com a cortiça. A sua folha é persistente e podem atingir de 2 a 10 cm de comprimento. O seu fruto é a bolota.
Meio: O sobreiro é uma árvore pouco exigente mas que prefere terrenos com silício e encostas pouco elevadas, em que a temperatura média varie entre os 14 e os 15 º C. É exigente em humidade e não suporta geadas.
Propagação: propaga-se por estacaria.
Distribuição em Portugal: Encontra-se em quase todas as regiões do país, mas as maiores manchas desta espécie situam-se a sul do rio Tejo, principalmente no Alentejo.
Utilidade: Do sobreiro extrai-se a cortiça que é utilizada como isolador térmico e acústico, entre muitas outras aplicações.

Pinheiro-Bravo
Descrição: O pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região da Europa e Mediterrâneo. É uma árvore média, alcançando entre 20 a 35 metros;
Meio: Solos arenosos a norte do Tejo, onde encontra as condições fitoclimáticas ideais: humidade atmosférica e influência atlântica;
Propagação: Pinhão rodopiante que se desloca a favor do vento;
Distribuição: Abundante, localizado nos extremos do Norte e Centro (distritos de Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Santarém), que com uma superfície de 812 000 hectares plantados, representam 62,5% da área total do pinheiro em Portugal; penetra até Trás-os-Montes e Beiras, e na faixa litoral desde o Minho até à Península de Setúbal;
Utilidade: A nível ecológico o pinheiro funciona como uma barreira de protecção contra o vento e, devido ao seu enraizamento radical aprumado e profundo, como fixador de dunas, além de permitir a recuperação de solos pobres.
Em termos económicos é utilizado para produção de madeira. A madeira, resinosa, clara, avermelhada ou castanho-avermelhado, com abundantes nós, é durável, pesada e pouco flexível, sendo então utilizada em mobiliário, postes, cofragem, caixotaria, aglomerados, carpintaria, construção naval, combustível e celulose.
Salgueiro (Salix alba)

• É comum nas margens dos rios e em outros terrenos húmidos, podendo atingir os 30 m de altura.
• Distingui-se pela sua folhagem cinzento-prateada, constituída por folhas lanceoladas, com 5 a 10 cm e de margem serrada e um pedúnculo de 2 a 8 cm, piloso.
• O salgueiro-chorão, assim designado porque os seus ramos pendentes lhes conferem um ar triste, encontra-se sobretudo em jardins, e pode atingir 8 a 10 m de altura.
• As suas folhas contêm grandes quantidades de ácido acetilsalicílico, de que se produz a Aspirina.
• Os seus compridos ramos são também usados na confecção de cestos. A sua madeira é clara e não se esfarela, o que explica o seu emprego nas mesas dos talhos.

Junco (Juncus effusus)
• O junco comum é uma planta verde-escura e flexível, que cresce com frequência em zonas húmidas.
• O tamanho habitual é de 1,5 m de altura.
• Os juncos são utilizados para fabricar cestos, esteiras e assentos de cadeira.
• Antigamente, usava-se a medula dos caules para fazer pavios de velas.
• Algumas espécies são cultivadas como plantas ornamentais.

Rosmaninho (Lavandula stoechas)
Caracterização morfológica: Planta herbácea perene, aromática, com caules e raminhos geralmente quadrangulares.
Folhas opostas, simples, inteiras e sem estipulas;
Ecologia: Cresce em lugares soalheiros;
Interesse: Tem interesse económico em perfumaria, pelos seus óleos essenciais aromáticos e é muita apreciada em jardins como planta ornamental;
Distribuição: Na região mediterrânica;

Urze
FAMÍLIA: Ericáceas
NOME VULGAR: Urze branca, Torga, Quiroga
DESCRIÇÃO: Arbusto de grande porte e lenhoso, com os ramos floríferos curtos e densos; corola pequena (2,5 a 3,5mm), campanulada, branca; ramos lanuginosos, com pêlos plumosos ou ramosos;
HABITAT: matos, pinhais, soutos, próximo de rios e ribeiros;
FLORAÇÃO: Fevereiro a Agosto.
Outras plantas encontradas junto do Rio Tejo:
• Dedaleira
• Macela
• Amieiro
• Bergamota
• Doce-cecília
• Erva gateira
• Erva dos burros
Publicada por João & Patrícia à(s) 04:27 0 comentários
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